quarta-feira, 7 de março de 2018

DEIXEM A EDUCAÇÃO NAS MÃOS DE EDUCADORES E NÃO DE COMERCIANTES

O ano letivo de 2018, para ensino primário, secundário, técnico profissional e até para algumas instituições do ensino superior arranca efetivamente no dia 5 de Fevereiro. A preocupação tanto dos gestores das instituições de educação assim como dos pais e encarregados de educação é a mesma - que tenhamos educação de qualidade e que o estudante aprove de classe.
Numa educação de qualidade, a aprovação de classe significa que o estudante assimilou positivamente os conteúdos e valores propostos para o seu nível. Neste contexto, a educação além do conhecimento científico, deve ser capaz de transmitir valores importantes para a moçambicanidade, por isso deve estar nas mãos dos educadores e não comerciantes.
Educadores são ou deviam ser aqueles que se preocupam com a “educação” do outro, fazendo-a através de passagem de testemunho para que estes continuem construindo a moçambicanidade baseado na paz, unidade nacional, preservação de usos e costumes nacionais, promoção da cultura moçambicana e desenvolvimento económico e social sustentável.
E comerciantes, como são conhecidos em qualquer sociedade, são aqueles que pretendem trocar o que possuem (ou mesmo o que não possuem) em dinheiro. Estes são movidos pela crença de que com dinheiro consegue-se tudo. É aqui onde reside o problema. Alguns vêm, apenas, na educação grande oportunidades de negócio e não como espaço de transmissão de conhecimentos. Para estes, as aprovações e os certificados podem provir de valor monetários e não do nível de assimilação da matéria, o que leva ou incentiva a corrupção.
Neste contexto, temos que prestar atenção aonde e a quem delegamos o processo educativo dos nossos filhos, isto é, desde os explicadores até as próprias escolas. Se deixarmos sem nenhum controle a educação nas mãos do comerciantes e não de educadores, esta em pouco tempo vai transformar-se no meio de segregação do povo e não de união; num instrumento de ódio e não de promoção de paz, num instrumento de discriminação ou escolha da melhor cultura e não de promoção de valores ou de cultura moçambicana.
Considerar aqueles de vê na educação oportunidade de negócio apenas, acreditando que o conhecimento tem um valor comercial é um grande erro. Assim, corremos o risco de a educação de qualidade ser privilégio da elite e servir como base de ostentação e sem grande utilidade para a sociedade.
Recordemos que a educação é como água potável, que a sua ausência ou o fornecimento defeituoso condiciona a sobrevivência e a qualidade de vida de uma comunidade. Da mesma maneira que a água tem um valor de uso maior e um valor comercial baixo, não vamos deixar os comerciantes desvirtuar o valor da nossa educação.
Em suma, se entregarmos a educação aos comerciantes corremos o risco de ter educação de fraca qualidade e consequentemente com o fraco valor de uso, onde as pessoas no lugar de discutir como se faz, discutem-se o que dizer para ocultar uma verdade, quem bem se veste entre outras banalidades. Por isso, os responsáveis pela educação, desde os Gestores do topo em conjunto com os professores - todos mesmo - devem ser educadores e não comerciantes.
RJ Cossa
GERAÇÃO DE RAPIDINHAS

Em Moçambique, voluntária ou involuntariamente, temos hábito de estratificar as pessoas tendo em conta a época histórica em que nasceram, actividades de destaque realizadas ou em função das características similares que apresentam.
Deste modo, são conhecidas e famosas três gerações, a começar com a de 25 de Setembro (antigos combatentes com rosto do Alberto Chipande), seguida pela Geração 8 de Março (podemos associar com a cara do Aires Aly} e a recente geração de viragem (representada pelo Osvaldo Pitersburgo).
A primeira é constituída pelos famosos antigos combatentes, que iniciaram a luta armada a 25/09/1964; a segunda é constituida pelos então jovens estudantes que a partir de 8 de Março de 1977 viram seus estudos interrompidos e foram trabalhar em diferentes áreas consideradas de interesse nacional – teve como slogan o chamamento à pátria e; a terceira (geração de viragem) não há consenso do que a caracteriza (o que conseguiu virar ou se foi ela própria virada/manipulada) e mesmo assim a designação foi famosa.
Actualmente encontramos uma nova geração que pelas suas características é mais abrangente porque foge do critério idade, abrange quase a todos - É A GERAÇÃO DE RAPIDINHAS.
Sim, é a geração de rapidinhas porque não tem tempo, faz tudo rápido e sem cuidados necessários. Quase todos já não têm tempo de ler um texto completo, respeitando as suas principais partes (introdução, desenvolvimento e conclusão) para a compreensão da mensagem , preferem ler o título e o resto é dedução – Este comportamento tem provocado “muitos mal-entendidos”.
Os estudantes então! Não têm tempo de redigir um texto. Para uma simples mensagem preferem usar símbolos, que nem eles próprios conhecem o significado; não usam o rascunho para exercitar operações básicas (adição subtração, multiplicação e divisão) são dependentes da calculadora. Alias nem mesmo copiar o tópico da aula conseguem ou aguentam, preferem tirar foto do sumário (são dependentes da tecnologia).
O jovem trabalhador! Este não tem tempo para fazer a carreira, é um espertalhão que procura queimar etapas e consequentemente envolve-se em esquemas de corrupção e tentam moralizar com a linguagem “boladas”’
Nesta geração mesmo as mulheres já não têm tempo de cuidar/educar os filhos, não conseguem ou não têm tempo de preparar refeição condigna, levam as famílias a depender dos fast food (as famosas pronto para comer), consequências, perda de valores/imoralidade e dores estomacais estranhas, respectivamente.
As crianças não tem tempo para crescer, nascem muitos cedo e vão crescendo com as suas crianças.
Os homens, nem de uma forma romântica/emocional conseguem conquistar uma mulher, preferem reencaminhar o texto dos outros para expressar seus sentimentos. Esquecem que perante uma emoção não há discurso lógico. Estes nem tempo de comer conseguem…
No governo, as reformas são muito rápidas; no ensino primário a duração de uma aula diminuiu de 45min para 40, no ensino superior de 120min para 90min. Na jornada laboral, o tempo de almoço reduziu de 90min ou 120 min para 30min. E os próprios governantes! Já não têm tempo de fazer história, são trocados com frequência, ate parece que quem lhes colocou não viu antes os seus CVs.
Amigos quem não está nesta onda e para onde vamos assim? Em fim, estamos na famosa geração de rapidinhas ou de descartáveis. Eu mesmo! nem tive tempo de rever este texto.
Ricardo Cossa

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

LIDERANÇA PARA FAZER ACONTECER

Liderança para fazer acontecer é título do livro de José Luiz Tejon (2006) que mostra a essência, o objectivo ou a finalidade de uma verdadeira liderança em levar o grupo liderado à melhor forma de alcance de resultados desejados. Para ele (apresento apenas três pontos):
·         A liderança deve-se evidenciar na maneira de actuar e não de discurso - os líderes marcam o seu tempo pelas obras e não pelos seus discursos, por isso, alguns delegam actividade discursiva e anunciativa aos porta-vozes.
·         O líder é responsável pelo desempenho do seu grupo, este líder ajuda o grupo a obter resultados que não seriam conseguidos sem a sua orientação e; deve assumir que se alguma coisa não corre bem no seu grupo e algo precisa deve ser mudado, deve ser ele a mudar em primeiro lugar.
·         Um verdadeiro líder deve ser humilde para aceitar verdades desagradáveis e ter senso de humor para conseguir olhar para atrás e rir de si mesmo.

Líder é diferente de Chefe, contudo o desejável é que o chefe também fosse um líder. No geral um verdadeiro líder deve ter foco nos resultados e influenciar o grupo nesta direcção, com ajuda de conhecimento, habilidades e atitude. Lideres com muitos conhecimentos que não conseguem transformar em algo produtivo (sem habilidades) actualmente são dispensáveis.

sábado, 2 de janeiro de 2016

ACTUAIS DESAFIOS IMPOSTO AOS GESTORES


Recordei me e decidi partilhar uma das lições iniciais de gestão das organizações, ao destacar que que estamos num momento caracterizado pela dependência da vida humana às organizações. Estas organizações (empresas, instituições públicas, hospitais, igrejas, ONGs, entre outros) se tornaram grandes e complexas; e não raras vezes além da sua agenda principal são desafiados e impostos novas agendas como forma de garantir a sua sobrevivência. Por isso, para que estas cumpram com os seus propósitos é necessária uma boa gestão (precisam de bons gestores).

Para ser bom gestor e levar a organização sucesso é desafiado a ter em atenção os seguintes assuntos (apresento apenas três, contudo são vastos): i) Natureza de actividade – qualquer gestor deve prestar atenção à área da sua actividade porque serve um público com características e exigências específicas. Isto é, gerir uma indústria não é o mesmo que gerir um hospital, ou uma universidade, ou uma instituição pública; ii) Atenção aos objectivos globais da organização – isto ajuda a transformar estes objectivos (intenções) da organização em resultados e o segredo clássico está na planificação, organização, direcção e controle; iii) Reduzir as incongruências entre os objectivos anunciados com as acções implementadas porque, desorientam os indivíduos levando-os a choques, esforços em direcções diferentes e a descrença pública organização.

No geral nesta era de organizações e concorrência permanente o desempenho do gestor é medido pelo grau em a sua equipa ou organização atingem os resultados esperados. Por isso para conseguir esse propósito o gestor deve desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes. (vamos desenvolver esta licção).

quinta-feira, 21 de março de 2013

A era de tecnologia

Estamos no mundo de tecnologia, com destaque às tecnologias de informação e comunicação. Em todas ou em quase todas as instituições em que nos dirigimos ou pretendemos nos dirigir  para tratar este ou aquele assunto exige-nos um certo domínio de Tecnologias, parece nosso BI. Pede-se numero de cel, email, documentos digitados, etc.

Não estou contra a tecnologia ou o uso das tecnologias, mas há necessidade de se pensar nas grandes desvantagens destas e como contornar. As tecnologias viciam (criam vícios), limitam a criatividade e capacidade - alguns nem se preocupam em saber escrever confiando na correcção automática; não se preocupam e dominar operações básicas (adição, subtracção, multiplicação e divisão) por tem máquina.

Ainda, por causa da tecnologia, ocupados com tecnologias indivíduos podem se desviar do que é importante ou da sua principal tarefa na organização e concentrar nos emails chats, facebook, e outros assuntos que não sei por ai.

Por outro lado, os próprios especialistas nestas áreas criam nos outros problemas como propagação de vírus, uso não autorizados de e-mails alheios, entre outros.

Neste contexto, há necessidade de em conjunto buscarmos uma forma de contextualizar o uso de tecnologia à realidade moçambicana.
QUALIDADE DE ENSINO, NÃO É SINÓNIMO DE REPROVAÇÕES

Discute-se em todos cantos e sectores de actividade em Moçambique e não só, a questão de qualidade de ensino. Em relação a este assunto, apesar de ser poucos que entendem ou que comentam com precisão, a maioria dos comentários acabam confundindo a opinião pública com discursos sem qualidade, mesmo assim, questionando a qualidade de ensino. Em poucas palavras queria dizer que, qualidade de ensino não é o sinónimo de reprovações. Apesar de existir alguns indivíduos que afirmam que tiveram ensino de qualidade somente porque reprovaram mais de três vezes na mesma classe ou porque levaram mais de 6 anos para chegar à 4ª classe, tem que se clarificar que este não era ensino de qualidade, mais de exploração. Alias, é por causa disto que muito jovens moçambicanos sacrificaram suas vidas lutando contra esta e outras injustiças. A qualidade de ensino envolve muitos elementos como: professores bem formados e comprometidos com a sua actividade, condições de trabalho adequadas, estudantes disciplinados, encarregados corteses dos estudantes e dos professores, entre outros e consequentemente o aumento das aprovações. Significa que no ensino quanto mais estudantes aprovam e quanto mais estes estudantes contribuem para o desenvolvimento do país, mais qualidade tem o ensino. O discurso sobre a qualidade de ensino preocupa e leva alguns docentes (professores) mais jovens, os menos experientes ou aqueles que não possuem formação psico-pedagógica a confundir qualidade com reprovações. Neste contexto os professores apresentam maior índice de reprovações, mas quando são convidados a elaborar relatórios de actividades e indicando as causas das altas taxas de aprovações ou de reprovações, não fazem ou não consegue fazer. Assim sendo, para evitar este cenário, dum conceito mal contextualizado, gostaria de apelar as instituições de ensino (até do ensino superior) que promovessem diversas formações explicando aos docentes e à comunidade no geral que a qualidade de ensino não significa altos índices de reprovações. Desde já queria se assim pretender, apelar ao Ministério da Educação, que levasse como slogan “QUALIDADE DE ENSINO, NÃO É SINÓNIMO DE REPROVAÇÕES” para estimular mais trabalho aos principais actores no processo de ensino e aprendizagem.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Boas Festas a Todos

Acredito que o ano de 2008 foi de muito trabalho para todos, muitos sucessos foram alcançados e alguns planos foram falhados, mas nem com isso deixaremos de festejar o Natal (Dia de Familia) e o Fim do Ano). Desta forma desejo a todos os que compartilharam comigo os vários momentos de luta ao longo do ano 2008 festas felizes. Que o ano 2009 seja melhor que todos os anos passados, muitos sucessos sejam alcançados e muitas amizades sejam criadas. A proveitem este momento para se aproximar junto das pessoas que gostam de vôs eque vôs tambem gostam mais.